-João Mammana
A chuva chove sobre o cemitério,
o vento varre as folhas do chão.
Os vermes que estão lá em baixo
emergem da terra em multidão.
Abaixo deles, dentro do caixão,
mortos reclamam da terra molhada
porque o túmulo tem infiltração
e, encharcado, não se dorme nada.
Muito xinga o novo defunto,
esmurra a esmo o tampo de madeira,
vira-se na cova a noite inteira
dizendo: - eu disse praquele tapado
que eu queria ter sido cremado!
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